Uma mulher à frente da diocese de Londres?

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12 Janeiro 2017

No fim de fevereiro, o bispo anglicano da capital britânica, Richard Chartres, se tornará emérito, e, para a sua sucessão, parecem estar na disputa cinco candidatas mulheres.

A reportagem é de Luca Baratto, publicada por Riforma, 11-01-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O ano de 2017 poderia ver a primeira mulher bispa à frente da diocese anglicana de Londres, a terceira mais importante na Igreja da Inglaterra depois de Canterbury e York. Richard Chartres, o atual bispo, se tornará emérito no próximo dia 28 de fevereiro, por ter alcançado o limite de idade de 70 anos, e, para a sua sucessão, já está em ação a Comissão de Nomeações da Coroa Britânica, que, de acordo com alguns rumores relatados pelo jornal The Guardian, estaria avaliando cinco candidatas mulheres.

A diocese de Londres – que, na realidade, abrange a parte a norte do rio Tâmisa da capital britânica – tem em seu interior tanto grupos favoráveis quanto contrários à consagração das mulheres. Por isso, Chartres, pessoalmente favorável ao sacerdócio e ao episcopado femininos, tentou evitar todo tipo de consagração, nem de homens nem de mulheres, para manter um difícil equilíbrio entre os fiéis da diocese. A nomeação de uma mulher bispa, portanto, marcaria uma descontinuidade significativa com o passado.

Segundo os rumores, uma possível candidata seria Rose Hudson-Wilkin, atual responsável pela capelania da Presidência da Câmara dos Comuns no Parlamento de Westminster. Natural da Jamaica, Hudson-Wilkin seria a primeira mulher negra a se tornar bispa da Igreja da Inglaterra.

Outra candidata de alto perfil é Rachel Treweek, bispa de Glouchester, membro da Câmara dos Lordes, promotora de uma Igreja que saiba mostrar o máximo possível a riqueza da diversidade.

O Guardian também considera o nome de Vivienne Faull, decana da catedral de York, e Jo Wells, bispa de Dorking. Menos provável, embora inserida no quinteto do jornal britânico, é Christine Hardman, bispa de Newcastle, por estar perto demais da idade de se tornar emérita.

Naturalmente, todas as possibilidades permanecem em aberto. A Comissão de Nomeações da Coroa também deve avaliar se prefere um/a candidato/a pertencente ao ramo anglo-católico ou ao evangélico da Igreja da Inglaterra. Neste segundo caso, o favorito seria Graham Tomlin, bispo de Kensington. A escolha de um evangélico também seria uma novidade em relação ao passado.

Sendo a Igreja da Inglaterra a Igreja do Estado, os procedimentos para a nomeação do novo bispo/a seguem um procedimento particular. A Comissão de Nomeações da Coroa – composta por 14 membros, incluindo os arcebispos de Canterbury e York, com iguais direitos de voto – tem a tarefa de selecionar dois candidatos, indicando uma preferência, e de comunicar isso à primeira-ministra Theresa May, que, por sua vez, informará a rainha Elizabeth, a quem cabe a nomeação. Normalmente, as indicações da Comissão são respeitadas. O último caso em que um primeiro-ministro contestou as indicações da Comissão ocorreu em 1987, quando Margaret Thatcher rejeitou a nomeação de Jim Thompson como bispo de Birmingham, por ser considerado de ideias muito liberais.

Na Igreja da Inglaterra, o episcopado feminino foi introduzido em 2014.

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