Francisco denuncia os riscos de “uma religião da maquiagem” e convida para percorrer “o caminho da humildade”

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12 Outubro 2016

Jesus nos pede para fazermos o bem com humildade, fugindo do aparecer ou do fingir que se faz algo, disse o Papa Francisco em sua homilia na missa matutina celebrada na Capela da Casa Santa Marta, na memória litúrgica do Papa São João XXIII.

A reportagem é e publicada por Religión Digital, 11-10-2016. A tradução é de André Langer.

O pontífice chamou a atenção para o perigo de uma “religião da maquiagem” reafirmando que o caminho do Senhor é o da humildade.

A liberdade cristã vem de Jesus e “não das nossas obras”. O Santo Padre desenvolveu sua homilia nesta terça-feira, 11, a partir da Carta de São Paulo aos Gálatas para então refletir sobre o Evangelho do dia, em que Jesus repreende um fariseu que só dava atenção às aparências e não à essência da fé.

Jesus pede que aceitemos a justiça que vem de Deus

Ao doutor da lei que criticou Jesus porque não havia feito o rito de purificação antes do almoço – recordou o Papa –, a resposta do Senhor é clara. “‘Vocês fariseus limpam o externo do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de avidez e de maldade’. Jesus repete isso muitas vezes no Evangelho a esta gente: ‘vocês são maus por dentro, não são justos, não são livres. Vocês são escravos porque não aceitaram a justiça que vem de Deus, a justiça que Jesus nos deu’”.

Em outra passagem do Evangelho – prosseguiu dizendo o Papa Francisco –, Jesus pede que se reze sem que se seja visto, sem aparecer. Alguns, destacou, eram “caras de pau”, “não tinham vergonha”: rezavam e davam esmolas para que fossem admirados. O Senhor, ao contrário, indica a estrada da humildade.

Não à “religião da maquiagem”: rejeitar as aparências

Francisco enfatizou que “o que importa é a liberdade que deu a redenção, que deu o amor, que deu a recriação do Pai”. “Aquela liberdade interna, aquela liberdade de se fazer o bem escondido, sem tocar os trompetes, porque a estrada da verdadeira religião é a mesma de Jesus: a humildade, a humilhação. E Jesus, diz Paulo aos filipenses, humilhou-se a si mesmo, esvaziou-se a si mesmo. É a única estrada para arrancar de nós o egoísmo, a cobiça, a soberba, a vaidade, o mundanismo. Ao contrário, esta gente que Jesus repreende é gente que segue a religião da maquiagem: a aparência, o aparecer, fingir parecer, mas por dentro… Jesus usa para esta gente uma imagem muito forte: ‘Vocês são túmulos reluzentes, bonitos por fora, mas por dentro são cheios de ossos de mortos e podridão’”.

“Peçamos ao Senhor que nos ajude a rejeitar a religião do aparecer”

“Jesus”, acrescentou o Bispo de Roma, “nos chama, nos convida para fazermos o bem com humildade”. “Você pode fazer todo o bem que quiser, mas se não o fizer humildemente, como nos ensina Jesus, este bem não serve, porque é um bem que nasce de você mesmo, de sua segurança, e não da redenção que Jesus nos deu”. A redenção – acrescentou o Papa – “vem pelo caminho da humildade e das humilhações, porque jamais se chega à humildade sem as humilhações. E vermos Jesus humilhado na cruz”.

“Peçamos ao Senhor que não nos cansemos de caminhar por esta estrada, de não nos cansarmos de rejeitar esta religião da aparência, do parecer, do fingir ser… E caminhar silenciosamente fazendo o bem, gratuitamente como nós gratuitamente recebemos a nossa liberdade interior. E que Ele proteja esta liberdade interior de todos nós. Peçamos esta graça”.

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