Ministro da Agricultura pede demissão e Dilma nomeia deputado gaúcho do PMDB

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17 Agosto 2011

Emparedado por uma sucessão de denúncias, Wagner Rossi se tornou ontem o quarto ministro a deixar o governo Dilma Rousseff desde a posse da presidente em janeiro. Para substituí-lo, o vice-presidente Michel Temer convidou o deputado gaúcho Mendes Ribeiro Filho (PMDB). Com o aval de Dilma, o gaúcho aceitou o desafio.

A informação é do jornal Zero Hora, 18-08-2011.

Aliado de primeira hora da presidente Dilma Rousseff, o gaúcho Mendes Ribeiro Filho (PMDB) aceitou na noite de ontem o maior desafio dos seus cinco mandatos federais em Brasília: assumir o Ministério da Agricultura e acabar com a onda de denúncias que cerca a pasta há quatro semanas e que culminou com a queda de Wagner Rossi.

Uma reunião ainda ontem à noite, liderada pelo vice-presidente, Michel Temer (PMDB), definiu o futuro do deputado federal – mas, antes mesmo do encontro, ele já se demonstrava inclinado a assumir a vaga. No início da madrugada, ao deixar o Palácio do Jaburu, após uma reunião de quase duas horas, o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), confirmou que o gaúcho será empossado na segunda ou na terça-feira.

A confirmação do novo ministro também foi dada pelo líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), pelo Twitter. “Mendes Ribeiro será o novo ministro da Agricultura. O nome do deputado é uma indicação da bancada do PMDB da Câmara. O vice-presidente Michel Temer submeteu o nome de Mendes à presidente Dilma que aprovou a escolha”, escreveu o parlamentar.

Momentos antes, à meia-noite, Temer, voltando da conversa com Dilma no Palácio da Alvorada, entrou na sua residência oficial pelo portão da frente. Com o vidro do carro aberto, fez sinal de positivo aos jornalistas ao ser questionado se Mendes já estava confirmado como novo ministro. Ontem, antes da reunião, o gaúcho confidenciou a interlocutores que estaria disposto a assumir o desafio.

Com mudança, Padilha ganhará vaga na Câmara

Mesmo não tendo experiência na área da agricultura, Mendes, que hoje é líder do governo no Congresso, conta com a simpatia e a confiança da presidente.

Dos líderes peemedebistas gaúchos, ele foi o único a abrir apoio à candidatura da petista nas eleições presidenciais do ano passado. A maior parte dos líderes peemedebistas do Estado preferiam José Serra (PSDB). Mendes chegou a se indispor com colegas de partido ao insistir no apoio oficial a Dilma, apesar da rivalidade regional entre as siglas. E, com isso, angariou crédito.

De acordo com Temer, até se definir por Mendes, o PMDB trabalhava com quatro nomes possíveis para substituir Rossi. Como critério para a definição, o vice se limitou a dizer que o novo ministro “precisará ser ficha limpa como Rossi”. A escolha de Mendes resolve várias equações políticas que surgiram a partir daqueda do ex-ministro, que era apadrinhado de Temer. Em primeiro lugar, abriu vaga na Câmara para o suplente Eliseu Padilha (PMDB).

Além disso, o ministério continuará com o PMDB da Câmara e ficará aberto o cargo de líder do governo no Congresso, que poderia ser negociado. O PMDB do Senado estava, desde antes, de olho nessa vaga. Mendes participou ontem à noite de diversas reuniões da cúpula peemedebista. Além dele e de Temer, Raupp, Renan Calheiros (AL) e Romero Jucá (RR) discutiriam a sucessão na Agricultura.

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