A paixão de Chávez. De joelhos ao chão, a Venezuela se vê entre a fé e o militarismo

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Por: Cesar Sanson | 12 Fevereiro 2013

A agonia de Hugo Chávez reaviva a mescla de fé e militarismo que marca a cultura política venezuelana. Ecoando a morte de Eva Perón e intensificado pela TV e pelas manifestações populares, o fenômeno ganha feições religiosas, tanto cristãs como sincréticas, e atualiza a figura de Bolívar como herói do chavismo.

A reportagem é de Flávia Marreiro e publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, 10-02-2013.

"Comandante, eu sou Chávez e levo joelhos ao chão", disse o apresentador de TV Winston Vallenilla, diante de milhares de seguidores do presidente venezuelano, ministros e presidentes latino-americanos em Caracas. Ajoelhou-se.

A exibição de fervor de um dos rostos mais conhecidos da TV privada venezuelana - fez carreira na extinta RCTV, arqui-inimiga do chavismo cuja concessão não foi renovada em 2007- foi um ponto alto da cerimônia de 10/1, que marcou o início do quarto mandato de Hugo Chávez, só que sem ele.

"Com Chávez, joelhos ao chão!", bradava, pouco antes, o funcionário público Andrés Velásquez, 45, que assistia ao ato diante do palácio presidencial de Miraflores, no centro de Caracas. "Rodilla en tierra", no jargão militar brasileiro, se traduz por "posição de joelhos" ou "posição de atirador ajoelhado", na qual o soldado firma um dos joelhos no chão e fica de prontidão para mirar e atirar. De joelhos, porém, também se venera e se reza.

Flexionada no plural pelo chavismo, a expressão marca a mistura tão venezuelana de fé e militarismo no martírio do presidente que trata um câncer há 19 meses. "O comandante dos mil milagres vai em sua batalha. Cada dia consolidando sua recuperação. Nós, na Caracas de Bolívar, esperamos", disse o vice Nicolás Maduro, nomeado herdeiro político.

Batalha e milagre sempre andaram juntos no discurso de Chávez, o tenente-coronel reformado que prega a recuperação dos ideais do herói da independência Simón Bolívar (1783-1830), a união cívico-militar, o socialismo do século 21, o anti-imperialismo e uma espécie de cristianismo revolucionário.

Seus auxiliares recorrem às metáforas militares para falar do tratamento contra o câncer - embora não informem qual ou quais órgãos o inimigo atacou, de que tipo é, nem quem está vencendo a batalha. Sabe-se apenas que Chávez está na retaguarda, recolhido em Cuba há quase dois meses sem aparições públicas. Nesta semana, embarcaram para a ilha de Fidel Castro, nas mãos de ministros, imagens da Virgem do Vale e da Virgem de Betânia.

Se o chavismo e o peronismo já mostraram afinidades políticas e discursivas, a paixão de Chávez, vivida e encenada na era da TV, atualiza a agonia de Eva Perón, a primeira-dama argentina que morreu de câncer de útero em 1952, em plena era de ouro do rádio. Chávez se vale dos mesmos recursos de Evita -o corpo em sacrifício, antes político do que físico.

"Uma característica importante do chavismo foi ter recuperado essa faceta religiosa venezuelana, que não se via tanto no século passado. Recupera a cultura política venezuelana, de religião e militarismo", afirma a historiadora venezuelana Margarita López Maya. "Há antecedente no culto a Bolívar. Uma espécie de religião do Estado para legitimar os que estão no governo. Agora estão tratando de construir um culto a Chávez, para legitimar os que ficaram como seus sucessores."

Para fustigar a presidente Cristina Kirchner, a crítica cultural argentina Beatriz Sarlo, autora de um livro sobre a construção da imagem de Eva Perón, reconheceu em artigo no jornal "La Nación" os dons midiáticos do presidente venezuelano: "[na TV] se pode escutar Chávez, um colorido orador anti-imperialista, seguro dentro dessa cultura e com sensibilidade verbal para diferentes registros: da maldição à ameaça, da promessa à confiança. Independentemente do juízo que se faça sobre sua política, Chávez tem estilo".

Isso faz do câncer de Chávez, ao mesmo tempo, um acontecimento pessoal e épico. O enredo foi sendo tecido desde o anúncio, feito pelo presidente em 30 de junho de 2011 em Havana, de que tinha células cancerosas. Em suas palavras, a doença era uma nova ameaça de debacle, assim como havia sido a tentativa de golpe urdida por ele em 1992, bem como foi a tentativa de golpe que ele, já no poder, enfrentou dez anos depois.

"Por enquanto e para sempre: viveremos e venceremos!", disse ele na ocasião, ecoando o crucial "por enquanto" dito em 1992. Postado atrás de um púlpito, um pálido Hugo Chávez lia seu discurso pela primeira vez em muitos anos, em vez de improvisar.

Há 20 anos, derrotado na intentona golpista, Chávez foi obrigado a difundir pela TV uma mensagem de rendição a seus asseclas, no que seria a estreia de sua longa carreira em rede nacional. Após pedir um tempo para se recompor, o paraquedista surgiu de farda verde-oliva e boina vermelha, conforme conta a biografia Hugo Chávez sem Uniforme (Gryphus, 2006), de Alberto Barrera Tyszka e Cristina Marcano.

"Companheiros, lamentavelmente, por enquanto, os objetivos a que nos propomos não foram conseguidos na capital", disse, rosto magro, olhos fixos na câmera. No embalo daquele "por enquanto", Chávez chegou à Presidência, pelo voto, em 1998. "Sem os poucos segundos que teve diante das câmeras, provavelmente sua história teria sido outra", escreveu Tyszka na revista mexicana "Letras Libres". "Chávez fracassou militarmente, mas triunfou na televisão. Talvez aí tenha entendido que esse era seu verdadeiro campo de batalha."

Quatro dias depois de revelar sua doença, em 4 de julho de 2011, véspera do aniversário da independência do país, Chávez reapareceu em público, na sacada do palácio Miraflores. Fardado, saudou os militantes e cantou o hino nacional. "Que ninguém entenda que minha presença aqui neste 4 de julho significa que vencemos a batalha. Estou certo de que vocês compreendem. Começamos a vencer a batalha contra esse mal que se incubou em meu corpo, quem sabe por quais razões."

Atribuiu sua presença ali "a um milagre". Falou de pé. Após 20 minutos, a voz falhou. Bebeu água. Prosseguiu, até que os chavistas pediram: "Descanse! Descanse!". Era a primeira vez que os seguidores do incansável presidente, há mais de uma década no poder, "que nunca tira férias", viam sua fragilidade e pediam pausa.

Desde então, cada ida a Cuba foi um megaevento político-religioso; cada retorno, uma apoteose, com agradecimentos a Deus e a Bolívar. Não faltavam cantos de guerra ao som de tambores das religiões afro-caribenhas, cultos indígenas, recitais evangélicos, tudo transmitido pela TV. Por sete meses, foi exibida uma série de spots curtos, "Ao Calor da Fé".

Em fevereiro passado, depois de se dizer curado, o presidente admitiu que teria de fazer uma nova cirurgia, a terceira para tratar o câncer. No dia da partida a Havana, foi para o aeroporto em uma picape enfeitada com uma imagem de Jesus Cristo colada no para-brisa. Foi de pé, espichando-se para fora no teto solar da boleia.

Em meados de maio, o venezuelano novamente se declarou livre do câncer. As preces foram substituídas pelos alegres vídeos da campanha de reeleição, supervisionada pelo marqueteiro de Lula, João Santana. "Nem me lembro [da doença]", limitou-se a dizer.

O "sprint" final, de cinco dias, começou na Sabaneta natal e terminou num comício em Caracas, em 4/10: sete avenidas tomadas de vermelho. Chovia torrencialmente, mas Chávez entrou no palco, sem cobertura. Inchado e com bolsas sob os olhos, avisou que falaria pouco, "pelas circunstâncias".

"Hoje é dia de são Francisco. Estamos sendo banhados pelas águas benditas. São Francisco, aquele que era rico e entregou toda a sua riqueza aos pobres e se tornou santo. Somos como são Francisco", disse. "Várias vezes estive a ponto de morrer por ser fiel ao povo venezuelano. Não vou falhar. Serei fiel para sempre."

Veio a vitória que lhe deu um novo mandato, até 2019, com 55 % dos votos. Dois meses depois, foi feito o anúncio da recidiva. Numa noite de sábado, 8/12, Chávez disse pela primeira vez que o câncer poderia retirá-lo de vez do poder. Solene, indicou o ex-sindicalista Nicolás Maduro como seu delfim.

A propaganda oficial na TV deu, então, mais um giro. Em vídeos antigos, um Chávez jovem e magro foi parar na tela, num misto de homenagem e preparação para o luto. Ministros e líderes do chavismo se puseram a falar do presidente de maneira atemporal. "Se fôssemos Chávez, ainda que por cinco minutos, teríamos a revolução por muito tempo", disse Diosdado Cabello, o chavista presidente da Assembleia Nacional.

"Exijo lealdade absoluta porque eu não sou eu! Eu sou o povo, carajo!", diz em "off" o presidente no vídeo #YoSoyChávez, sobre imagens de crianças e velhinhas. Repetida à exaustão na TV estatal, a peça, cujo slogan virou o mote da festa de "não posse" do dia 10, começa com Bolívar, Marx, Che Guevara e Lincoln. Termina com Chávez com as mãos entrelaçadas, como se rezasse, ensopado pela chuva do comício de outubro, o derradeiro ato de sacrifício.

Espetáculo

"A política do espetáculo chega a um clímax quando entra a questão da doença. Eva Perón estava muito consciente da doença dela. Até o último momento, ela participou da construção de seu próprio mito. Chávez se prepara para virar o mártir que sacrificou sua vida pela Venezuela, como Evita dizia ter dado a dela ao povo da Argentina", diz a professora da USP Maria Helena Capelato, autora de Multidões em Cena: Propaganda Política no Varguismo e no Peronismo (Unesp, 2009).

"Tudo é Perón", discursou Evita em 1951, já doente. Dois meses depois, voltou à carga: "Peço uma coisa: estou certa de que em breve estarei com vocês, mas, se não estiver por minha saúde, cuidem do general [Perón]. Continuem fiéis a ele como até agora, porque isso é com a pátria. É com vocês mesmos". A mulher de Perón, segundo Beatriz Sarlo, se despediu da vida colando-se ao imaginário do sublime, santa e purificada, mito instantâneo que seria reivindicado por todos, dos grupos guerrilheiros peronistas dos anos 70 à presidente Cristina Kirchner.

"Agora, na TV, esse tipo de operação é muito mais intensa do que no rádio. E é preciso lembrar que isso não envolve só os meios de comunicação. Há o incentivo às manifestações de massas", completa a professora Capelato.

As massas que fermentam nos atos chavistas são diversas, mas são, sobretudo, os pobres. Em 14 anos, Chávez se firmou como herói da inclusão real e simbólica dos que se viam excluídos dos petrodólares do país -que, segundo a Opep, que reúne os maiores exportadores mundiais, tem as mais vastas reservas de óleo do planeta.

A redenção simbólica não é menos importante que a melhora nos indicadores sociais, na visão do antropólogo Fernando Coronil, autor de um estudo já clássico sobre a modernização do país. "Na Venezuela, a revolução de Chávez é verbal antes de ser social", dizia ele, morto em 2011, quando preparava um livro sobre o chavismo.

Em sua tese, defendida na Universidade de Chicago na década de 90, Coronil estudou a "magia" do petroestado venezuelano, que promete ser capaz de tirar da cartola o Estado de bem-estar para seus cidadãos antes da consolidação das instituições ou de um esforço para mudar a dependência da "monocultura" petroleira.

Mas, com Chávez, o Estado mágico ganha escala apoteótica, dizia Coronil. "O Estado mágico faz um novo 'début' com Chávez", diz Margarita López Maya.

O chavismo acrescenta uma variável na equação: o presidente, ao discursar, não oferece só benefícios sociais. Sua ambição é tirar toda uma nova Venezuela da cartola, ou melhor, da boina. É o fim da história "harmônica". É o "nós", a maioria, contra "eles", a elite. E tudo começa pela redefinição do lugar de Simón Bolívar.

Não por acaso, sob o chavismo, Bolívar foi parar no nome do país - República Bolivariana da Venezuela -, com a Constituição de 1999. O herói nacional deixou de ser o patrício das elites caraquenhas para virar, no discurso oficial, o redentor dos pobres. Conta o historiador venezuelano Elías Pino Iturrieta que o caráter religioso de Bolívar começou a ser dado pela própria Igreja Católica, que lhe deu atributos de "semissanto". Daí para a devoção popular, católica ou não, foi um pulo.

María Lionza

Nos arredores de Caracas, às margens da represa La Mariposa, que abastece a cidade, altares exibem lado a lado santos católicos, representações de Bolívar e a imagem de uma mulher de seios à mostra. A cena não raro é composta com velas e outros ornamentos com as cores da bandeira  -azul, vermelho e amarelo. A estátua nua do pedestal é a rainha indígena María Lionza ou Yara, matrona da religião que mistura as crenças autóctones, religiões africanas e kardecismo. Para os "maríalionceros", Bolívar e outros militares da luta contra os espanhóis pela independência, como o escravo Negro Primero, são divindades: formam a "corte libertadora". Só os médiuns mais puros recebem o espírito de Bolívar.

Ecléticos, os fiéis de María Lionza também incorporaram a seus altares Juan Vicente Goméz, ditador militar do país (1908-35), heróis vikings de um seriado de TV dos anos 70 e até famigerados criminosos das favelas caraquenhas. Pino Iturrieta, autor de El Divino Bolívar: una Religión Republicana (2003), vê uma peculiaridade local na combinação de nacionalismo, misticismo e militarismo que aparece em María Lionza e na cultura religiosa do país.

Segundo Iturrieta, Chávez pretende "representar a leitura oficial dos evangelhos bolivarianos", apresentando Bolívar como socialista, dando-lhe um novo rosto (literalmente) e construindo-lhe até um novo mausoléu. Com efeito, em julho de 2010, Chávez surpreendeu o país ao exibir, em cadeia nacional de rádio e TV, cenas da abertura do caixão de Bolívar.

"São 11h da noite, vamos apresentar ao país Bolívar, que voltou", anunciou o presidente. Do alto, uma câmera exibia o túmulo, na nave central da igreja da Santíssima Trindade de Caracas, transformada em panteão no século 19. Soldados da Guarda de Honra da Presidência, vestidos com uma roupa especial branca, faziam a saudação militar. Em tom neutro, Chávez narrava tudo.

A abertura do caixão, lacrado desde 1876, fora na madrugada anterior. "Tem que ser Bolívar esse esqueleto glorioso, pois podemos sentir sua chama flamejante", antecipou Chávez, pelo Twitter. "Deus meu, Deus meu. Cristo meu, Cristo nosso. Enquanto orava em silêncio vendo aqueles ossos, lembrei de Ti! E como queria que chegasses e ordenasses como a Lázaro: levanta-te, Simón, que não é tempo de morrer. De imediato lembrei que Bolívar vive!."

O país se pôs a discutir se Chávez tinha o direito de ordenar a exumação de Bolívar sem consultar historiadores ou o Parlamento. Colunistas conservadores sugeriam que os ossos teriam sido usados em um ritual religioso. Um ano depois, quando foi anunciado o câncer, ganhou força a atribuição da doença a uma "maldição" gerada pela "profanação" do túmulo. Os chavistas, é claro, não aceitam a tese. "Se Bolívar não quisesse, Chávez jamais teria aberto a tumba. É um espírito poderoso e gosta de Chávez", disse Ana Leda Villegas, 80, veterana "maríalioncera", moradora de La Pastora, bairro de classe média baixa próximo ao palácio presidencial.

Em julho, o presidente apresentou o único resultado concreto da exumação. Exames médicos foram inconclusivos quanto à morte do herói - Chávez dizia que ele morrera envenenado, e não de tuberculose, como rezam os livros de história. Com base no estudo da ossada, Chávez ordenou a construção, em 3D, de um novo rosto para Bolívar, mais moreno e anguloso. É o retrato que agora está nas repartições, no Palácio Miraflores e nos atos públicos do presidente.

Teodoro Petkoff, proeminente jornalista e opositor de Chávez, diz que o presidente não só reescreveu a história. No poder, construiu uma nova "santíssima trindade": "Bolívar, Chávez, o Povo". A tríade parece ter ganhado um novo marco na campanha presidencial do ano passado, por obra de João Santana. Numa peça publicitária criada pelo brasileiro, Antônio Ospino conta sua história: morava em uma favela até receber uma casa do programa habitacional. "Até que chegou este Bolívar, que tirou minha família lá de baixo", diz, apontando para uma foto de Chávez. "Tenho um ditado: primeiro Deus, segundo meu comandante."

"Estamos justamente no período no qual estão tentando, um pouco apressadamente, enraizar uma identidade do chavismo, para poder sustentar uma liderança coletiva", diz López Maya. "Dá-me Tua coroa, Cristo, que eu sangro. Dá-me Tua cruz, cem cruzes, que eu as levo. Mas me dá vida, porque ainda me falta fazer coisas por esse povo e por essa pátria. Não me leves ainda." As palavras, ditas por Chávez em uma missa em maio em Barinas, estampavam um dos banners que o vendedor Roberto Martínez brandia na festa de "não posse", em 10/1. "Bonitas palavras, não? Como batem fundo. É o que mais vende."

Morador de Cátia, bairro popular no oeste de Caracas, o vendedor lembra emocionado sua infância pobre. Diz que antes de Chávez não era nacionalista, não falava de Bolívar. Agora, sim, e por isso tem certeza de que seu legado o sobreviverá. "É como o caminho de Jesus Cristo, que disse a palavra há 2.000 anos, e hoje está a palavra. 'Eu a deixo para vocês, disse Cristo'. E virão outras gerações, e estará a palavra de Cristo. Assim será com a palavra de Chávez. Ficará no tempo, durará."

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